segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Mulher dá entrada em hospital, perde filho e sai sem ovário


O enxoval do bebê estava pronto e tinha até uma festinha programada. Agora, ela não pode mais ter filho.
A mãe de um bebê acusa a maternidade do Hospital Albert Sabin, em Salvador, de ser responsável pela morte de seu filho. Segundo ela, a maternidade forçou um parto normal mesmo depois da indicação de cesariana, já que o bebê tinha mais de quatro quilos.

Além de perder o filho, Edneusa perdeu um dos ovários e parte do útero por causa de uma hemorragia. O enxoval do bebê estava pronto e tinha até uma festinha programada. Agora, ela não pode mais ter filho.

A auxiliar de cozinha Edneusa Santos Bandeira deu entrada no Hospital na sexta-feira passou por exames e de acordo com ela, duas médicas indicaram a cesariana. “Passei por duas médicas e elas me disseram que ia ser cesariana, já que o bebê estava muito gordinho.Ela veio, escutou o coração do meu bebê e me disseram que meu filho ia nascer de parto normal”, afirma.


“No sábado, eu fui medicada duas vezes e eles me disseram que o remédio era para sentir dor. Minha bolsa rompeu e a médica disse que era para eu fazer força para o bebê nascer. Eu fiz força até onde eu pude. Quando resolveram fazer minha cesariana, meu filho já estava morto”, relata.

“Quando eu fui para a sala de cirurgia, quando retiraram meu bebê, eu já sabia que ele estava morto porque eu não sentia mais ele. Eu cheguei ao ponto de perguntar se eles não iam colocar o bebê ao meu lado. Daí em diante eu não senti mais nada porque me deram uma anestesia geral e eu apaguei”.


O advogado faz diversas acusações contra o hospital. “Forçar um parto normal, quando deveria ser cesariana já indicada por outros médicos. Um outro fato muito grave foi o hospital ter pedido que o pai da criança assinasse um documento para que eles deixassem o corpo para que o próprio SUS fizesse o sepultamento”, disse Rodrigo Chierausky, advogado da família.

“Eu via tantas colegas minhas no quarto tendo seus bebês e eu lá, esperando para ter o meu e na hora que nasceu me dizem que ele nasceu morto. Eu não desejo isso para ninguém”, conta.

Na maternidade Albert Sabin, ninguém falou com a imprensa. A Secretaria de Saúde do Estado, responsável pelo hospital, disse que lamenta o ocorrido e que vai instaurar uma sindicância para descobrir o que aconteceu. (G1)

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